O Amor e a nossa forma de tratá-lo

By PCN

Oi gente.

Tudo bem com vocês? Não? Ok, depois vocês me contam tudo o que aconteceu.

Acho que devo uma satisfação a vocês: Por que eu fiquei tanto tempo sem atualizar esse blog?
Se eu falasse que era por falta de inspiração, estaria mentindo. Me sinto inspirado, até demais. Só que eu não tinha vontade nenhuma de escrever, ou melhor, de publicar.

Tenho o costume de anotar meus pensamentos e idéias no celular. Quando ocioso, escrevo no meu caderno. Mas não sinto vontade nenhuma de mostrar isso pra vocês.
Posso contar um segredo? Prometem não contar pra ninguém? Eu estive apaixonado. Ou pelo menos acho que estive. Tudo o que eu colocava no papel era relacionado a amor, a paixão, a namoro, a beijos, abraços. Tudo.

Nada contra o amor, pelo amor de Deus. Não existe sentimento mais belo. Acontece que quase tudo que existe pra se dizer sobre ele, já foi dito. Pensou em alguma coisa relacionada a amor, joga no Google, você acha.

Tem como falar de amor e ser original ao mesmo tempo? Dia desses eu larguei o Tumblr, pelo simples fato de que eu não agüentava mais tantos textos com a mesma temática. Lá convivem diversos estereótipos, desde os namorados apaixonados e felizes até a emo que se acha feia e solitária. Acontece que um "apaixonado" fala exatamente igual a todos os outros apaixonados, e um "solitário" idem. Comecei a pensar em robôs românticos, repetindo as mesmas coisas como em um mantra.

Jogar meus pensamentos no papel é um ótimo exercício, isso é verdade. Mas qual a razão de publicar algo que já foi dito milhares de vezes por outras pessoas? Vocês podem alegar que a forma de se expressar muda, e isso é verdade, mas o conteúdo passado para os leitores é o mesmo ou se modifica? Do que adianta o corpo mudar se a alma continua a mesma?

Escrevi tanto blábláblá pra dizer que não vou escrever nada pensando em ser “apenas mais um”. Não sou mais aquele garoto de 15/16 anos que criou um blog com sua melhor amiga apenas para desabafar.
Quero que meus textos acrescentem algo à vida das pessoas. Tragam algum questionamento, alguma reflexão. E deixarei meu blog parado pelo tempo que for necessário, não vou entregar qualquer coisa a vocês.

Falarei de amor (ou de qualquer outra coisa) quando eu tiver plena certeza de que consigo fazer diferente. Pois é isso que sinto falta, de pessoas que pensam e se expressam de forma diferente.
Então é isso, volto quando quiser.
Abraços.