No Metrô

By PCN

Sua rotina era sempre a mesma: Acordar, banho, tomar café, ônibus, metrô, trabalho, almoço, trabalho, metrô, ônibus. E parecia que dessa vez não seria diferente.

Seus períodos entre a rota casa/trabalho eram sempre regados a muita musica oriundas de seu celular. Sempre que ele estava ao lado de alguém ele invariavelmente acabava chamando a atenção, pelo som alto de seus fones de ouvidos. Ele nunca se preocupou muito com isso, afinal numa cidade grande incomodar ou não uma pessoa não é tão importante assim.

Porém daquela vez, o trocar de música, sentiu um leve empurrão involuntário da passageira ao seu lado (“o que é isso? Ela está gostando da musica e está querendo dançar?”). Instintivamente olhou pra pessoa. Era uma moça linda, cabelos escuros e negros, olhos verdes e brilhantes (“como não reparei nela antes?”). Ela cantava cada refrão daquela desconhecida musica saída dos gastos fones de ouvido com uma alegria que raramente se vê.

Extasiado, ele não sabia o que fazer. Amor a primeira vista ou apenas um leve e inesperado interesse? Ele não sabia dizer. Teve vontade de compartilhar seu fone com ela, mas se perguntou se ela não acharia isso bobo demais. Queria conversar com ela, saber seu nome, ouvir sua voz, mas ele simplesmente estava muito travado para isso (“oras, nunca me senti assim com uma desconhecida!”)

Seguiu confuso por diversas estações, apenas a vendo murmurar baixinho cada faixa tocada em seu celular. Ela já o encarava com um olhar estranho, como se fosse uma criança curiosa vendo algo novo e diferente. Ele se cansou de sua apatia, tomou coragem, abriu a boca...

*Estação Carrão!*

Ela se levantou e, com um sorriso no rosto, desembarcou. Logo ele se viu em sua própria fúria (“Droga! Por que demorei tanto? Sou muito burro, como pude pensar que ela ia ficar ai pra sempre?!”)

- Moço? – Assustado, olhou para ver quem estava falando com ele. Era uma senhora que acabará de entrar, ela ia se sentar no lugar da moça que estava ao lado dele.
- Oi? – respondeu.
- Isso aqui não é seu? – A senhora apontou para um cartão que estava largado no banco.

Ele pegou o cartão. No cartão podíamos ver a foto de uma bela mulher de cabelos escuros e olhos verdes, o nome de um escritório, um endereço, um número de telefone e um nome: Mariana. Feliz, guardou o cartão e esperou sua estação chegar.
 

8 comments so far.

  1. Unknown 4 de setembro de 2010 às 01:15
    é real ?
    que inveja desse menino :s kkkkk
  2. Unknown 4 de setembro de 2010 às 01:18
    Kawaii *-*
  3. Vickee 4 de setembro de 2010 às 01:21
    Liga pra ela logo,seu broxa! ASHAUISAHUHASUISH

    Tem continuação? .-.
  4. Ever 4 de setembro de 2010 às 16:33
    kk, verdade ele devia ligar pra ela =P
    muito fofo o texto ^^
    bjss
  5. Nando 4 de setembro de 2010 às 21:44
    muito foda manoloo
  6. kéh Lyne 10 de setembro de 2010 às 00:08
    Nossa moço parabéns;
    Que narrativa dissertativa maravilhosa.
    Se este texto é real, não espere mais, encontre a mulher da sua vida e seja muito feliz.
  7. CAMILA de Araujo 12 de setembro de 2010 às 02:03
    AAAAAAAAAAAAAAAAAI... Várias vezes passo por situações parecidas no metrô, mas nunca dou uma sorte dessas de encontrar algo que possa me levar a tal pessoa.

    www.teoria-do-playmobil.blogspot.com
  8. CAMILA de Araujo 25 de setembro de 2010 às 04:46
    Sempre que encontro alguém que desperta meu interesse no metrô, lembro instantaneamente do seu conto!
    Fiz questão de novamente comentar neste post, só pra dizer isso.

    www.teoria-do-playmobil.blogspot.com

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