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By Letícia

Olá! Quantos de vocês, pessoas que ainda lêem esse blog, já foram assaltados? Creio que não são poucos.

Eu, pessoalmente, já fui assaltada duas vezes, uma vez eu estava voltando da escola e um cara roubou meu mp3, mas abordagem simples: “- Me passa o mp3” “- Toma!”, outra vez eu acabei esquecendo a bolsa em um degrau de escada e sai por dois segundos, quando voltei, não estava mais lá!

Mas agora eu volto a perguntar: quantos de vocês já tiveram supostamente uma vida em mãos? Seja de quem for, quantos de vocês? De suas mães, pais, maridos, avós, até mesmo filhos, quantos já receberam o maldito telefonema de que alguém estava sendo seqüestrado, quantos? Será que são poucos, muitos? Não da pra saber! Eu sei que passei hoje por isso.

Simples assim, eu estava aqui, sentando na minha cadeira de PC, meu celular tocou, número sem identificação, às vezes acontece isso no celular da minha mãe e atendi “- Alô?” uma mulher chorando dizia que tinha sido assaltada, mas só chorava, chorava muito e eu, por reflexo, gritei “- Mãe? Mãe? Quem é?” isso pode ter entregado aos supostos seqüestradores o que eles poderiam fazer.

Um homem me pediu mil reais pela vida dela, da minha mãe! Mas quem nesse mundo tem mil reais assim, de prontidão?! Eu não sei você, mas eu não tenho! Então lembrei de uma lata aonde eu guardo muitas moedas e tinha um valor muito abaixo dos mil reais, mas tinha alguma coisa e o suposto seqüestrador pediu que eu desse esse total pra ele em frente à uma farmácia, posto de gasolina ou supermercado. Não citou nome de farmácia ou endereço da tal, só pediu pra eu estar em frente a uma com o dinheiro e esperar um carro que viria.

Eu pensei na farmácia aqui perto e na padaria aonde minha mãe costuma comprar pão antes de vir pra casa... como a farmácia é perto da padaria, parei na padaria primeiro e a vi.

A vi com meu tio, ele e minha mãe, os dois rindo e saindo com saquinhos de pão, desliguei o celular na hora, chorei, como chorei, foi um desespero assustador, então eu vi como estava: segurando uma lata dos bananas de pijamas, chorando e completamente suada.

Ai vieram os “- Você deveria ter feito isso, você não deveria ter saído, sei lá o que...”... Cara! Quem nesse mundo consegue pensar assim? Sob essa pressão? Eu estive até calma, não gritei, não briguei, não chorei; logo de cara, pedi ao suposto seqüestrador para ter calma e esperar que eu iria colaborar com ele... Não é absolutamente nada agradável você estar em uma situação dessas.

Depois, quando desliguei o telefone, pensei se havia alguém realmente ali, mas acho que não, eu entreguei de cara que esperava que seria minha mãe e lançaram que era minha mãe logo de cara!

Você sente medo, angustia, desespero, eu sai de qualquer jeito de casa, a rua que eu subi nunca pareceu tão enorme, sabe... Nessas horas não existe o que é certo ou errado, nesses crimes não se mede o que é certo ou errado, mas sim qual vai ser sua reação, até que ponto você iria? Poxa, pela minha mãe?! Estou super chateada com isso.

Enfim... é isso... foi uma das piores experiências da minha vida, não desejo pra ninguém e espero jamais passar por isso outra vez.

~.~

É, foi barra! Mas agora está tudo ok!
Pra quem quiser saber: quinta-feira que vem eu opero, estou morreeendo de medo, mas vai dar tudo certo!

Beijos

 

10 comments so far.

  1. Danilo Castro 5 de setembro de 2009 às 13:00
    Parece que isso tudo anda se tornando tão comum que nem nos damos mais conta... É comum como uma avenida engarrafada, como prédios enclausurando cidades...
    Roubar, sequestrar, matar... Tudo isso são mais algumas meras características dos nossos tempos Ninguém se importa mais.
    Já ligaram pro meu tio dizendo que um sobrinho querido dele havia sido sequestrado, ele pensou logo em mim... Ligou de madrugada, mas eu estava dormindo. Ligou pra todos os sobrinhos e etava todo mundo bem.

    Abraço!
  2. . 5 de setembro de 2009 às 13:01
    Nossa... Que barra heim.
    Eu nunca fui assaltada a mão armada, graças a Deus, mas já roubaram minha bolsa de dentro da minha casa, entraram pela janela do quarto e eu nem vi, fui me dar conta qd fui pegar a bolsa para sair...

    Sobre seu comentário em meu blog:
    Não é questão de gostar de algum comentário ou não, acho que vc não entendeu a minha postagem. rs
    Obrigada pela sua visita em meu blog...
    Volte sempre que puder...
    BjOs
  3. Unknown 5 de setembro de 2009 às 13:07
    Nossa! Já fui asslatada sim! Duas vezes! E na segunda, o ladrão levou meu relógio e ainda um real que na época era o que tinha pra passagem de volta! rsrsrs
    Nem gostaria de estar na sua pele, nesse lance de trote. Ainda mais dizendo que está com a mãe de refém! Deus me livre! Imagino que vc deve ter ficado desesperada! Mas que bom que foi só um susto! Não sei o que vai operar, mas mesmo assim boa sorte!
  4. Ana Paula Moreira 5 de setembro de 2009 às 13:14
    É dificil encontrar alguém que nunca tenha sido assaltado. Eu já fui uma vez e uma outra roubaram meu celular de dentro da minha bolsa num bar. Quanto ao trote, vi um vizinho quase sair desembestado para o banco tirar o dinheiro que pediam. Falaram que tinham sequestrado o filho dele, que tava com o celular desligado e meu vizinho ficou desesperado. Os moradores que acalmaram ele, que logo em seguida conseguiu falar com o filho. Mas é uma barra passar por isso.
  5. Macaco Pipi 5 de setembro de 2009 às 13:31
    VIRO ROTINEIRO..AI NAO PERCEBEMOS...
  6. Rosangela Ataide 5 de setembro de 2009 às 21:53
    Nunca fui assaltada graças a Deus!
    Mas nem por isso ando tranquila nas ruas. Tenho medo de bala perdida, de ser assaltada, de sequestro, temo pelos meus filhos na rua. Reflexo da violencia atual que assola o mundo inteiro.
    Imagino a barra que vc passou. Numa situação dessa certamente agiria por impulso tbm.
    Cuide-se vlw!?
    Abraços!
  7. CAMILA de Araujo 5 de setembro de 2009 às 23:31
    Graças a Deus nunca me roubaram nada, mto menos a mão armada.
    Mas já soube de histórias sinistras de amigos...

    www.teoria-do-playmobil.blogspot.com
  8. Anônimo 6 de setembro de 2009 às 14:46
    Pois é, ouvir falar não é o mesmo que fazer parte da história. Imagino o desespero que você ficou e o que tantas outras pessoas que já passaram por isso sofreram. É preciso estar atento. Lamento muito pelo ocorrido, mas tenho certeza que, em breve, você irá se recuperar emocionalmente.
    Abraços,
    Hellen Taynan
  9. Gabriel Tubbs 7 de setembro de 2009 às 11:45
    Olha, graças a Deus nunca aconteceu nada de ruim comigo aqui em SP. Mas quando eu era piá, levaram meu relógio lá em Floripa. Na hora eu fiquei apavorado. Mas foi o máximo que aconteceu comigo.

    O lance é pedir pro papai do céu proteger a gente toda vez que a gente sai de casa. E não dar bobeira, né. Não é porque Deus tá protegendo que a gente sai por aí esbanjando o iphone ou a bolsa de marca.

    Beijos.
    Gabriel.
  10. Bruno 13 de setembro de 2009 às 18:34
    Concordo com danilo castro Parece que está se tornando tão comum roubar sequestrar ja me ligaram dizendo que haviam sequestraso meu pai eu fiquei chocado tanto com a ligação quanto com o pedido de resgate eles queriam 10,000R$ para não matálo só uma hora dpois dessa agonia quando ele chegou em casa descobri que tudo não passava de apenas uma mentira...

    www.flyckempreendedores.com.br

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